De primeiro a terceiro da classe ... por razões administrativas !!!
Mais uma vez as condições meteriológicas foram adversas para a realização desta bem estruturada e bonita prova que o ACP sport, com horizontes de “Mundial”, voltou a montar em terras algarvias.
Das mais de 70 equipas que compareceram à chamada, com alguns pilotos de nomeada a convite da organização, quase metade ficaria pelo caminho no final do primeiro dia de prova, fruto do estado devastador em que as especiais se tornaram pela tempestade que se abateu no Algarve a partir da noite de sexta-feira.
As chuvas intensas e duradouras não permitiram que os bem tratados pisos de terra desta prova resistissem, e assumiram moldes quase indescritíveis de dureza e dificuldade, sendo o principal objectivo da maioria dos pilotos conseguir manter o carro na estrada.
Mas mesmo assim a Calisto Corse Equipe e o seu Citroen Xsara, apesar de alguns sustos, viram chegar o final da 1ª etape no lugar mais alto da classe 3 e no 2º lugar da Taça Nacional de Ralis, o que se afigurava como um óptimo resultado para esta veterana equipa.
Mas o pior estaria para acontecer, pois as novas regras da FIA para o Super Rali viria a tornar infrutífero e injusto o esforço humano e mecânico desta equipa
Nesta nova regulamentação do Super Rali qualquer concorrente que desista na 1º etape pode retomar a sua prova, desde que o carro esteja em condições para tal, na 2ª etape, penalizando em 3 ou 5 minutos (dependente do número de especias realizadas) por cada especial falhada, acrescidos ao tempo realizado pelo piloto que venceu a especial.
Deste modo concorrentes que, na nossa classe especificamente, desistiram na 1ª etape (nomeadamente um que não chegou a realizar qualquer especial) puderam ser recolocados na classificação geral do início da 2ª etape em classificaçãoes bem á nossa frente, sem qualquer esforço humano ou mecânico... se há injustiças esta parece-me ser flagrante.
Ler crónica – Considerações sobre o Super Rali - para melhor entendimento do sucedido.
Assim, a Calisto Corse Equipe, apesar de um final penoso em que teve de trocar o eixo traseiro, e que ficou sem escape e só com a 1ª e 3ª velocidades, era 3ª da classe e 5ª da Taça Nacional de Ralis, passando a ocupar o 3º lugar absoluto desta competição a 1 ponto do 2º lugar.