A equipa Victor Calisto/António Cirne em Yaris 1.3 do Grupo A, entusiamadas pelo resultado obtido no último Rali Cidade Oliveira do Hospital, deslocaram-se à Ilha de S.Miguel para disputar a 5ª prova do Campeonato Nacional de Ralis, o Rali Sata Açores com a moral e a crença de ter afastado definitivamente todos os azares, alguns motivados pela juventude do projecto que têm acompanhado esta equipa ao longo da época.
Esta prova era sem dúvida, e no Campeonato Nacional, uma das que agradava mais à equipa, não só pela sua beleza como também pelo traçado que se adaptava muito bem ao pequeno Yaris.
Estreava-se também uma nova relação de caixa mais curta que permitia uma melhor performance e uma maior rapidez ao motor 1.3.
Por este conjunto de factos tudo indicaria que estariam reunidos os ingredientes necessários para cumprir os objectivos a que a equipa se propôs – terminar o Rali e lutar pela Classe 5. E assim foi conseguindo no final da 1ª Etapa o 3º lugar da Classe 5 e uma diferença já substancial que se cifrava em cerca de 4m para o concorrente que o seguia na classificação também num Toyota Yaris, o piloto jornalista João Ramos.
Sem problemas de qualquer espécie o Yaris foi deambulando pelos degradados pisos da prova açoreana, sendo apenas necessário meter gasolina, por sinal sem chumbo 95 que os açoreanos não estão muito dados a maiores octanas, e reabastecer de quando em quando o piloto e o navegador, e a consolidação do 3º lugar da Classe foi-se mantendo de especial em especial dilatando a diferença para os concorrentes que o seguiam.
Mas, e os Deuses devem estar loucos, a roda da frente do lado esquerdo resolveu percorrer outro caminho que não o previsto no Rood-Book e a equipa decidiu que de triciclo não seria muito adequado terminar o rali...
Só que isto aconteceu nos 6 últimos Kms da penúltima classificativa, a 18º Tronqueiras 2, quando apenas restava a 19ª Faial da Terra com 9 Kms para cumprir.
Foi novamente morrer na praia, e de entre 5 provas disputadas, desistir em 3 ser excluido de outra e só terminar uma em 3º lugar da Classe é algo que não se adequa aos pergaminhos da Calisto Corse Equipe.
Esperemos que a temporada de asfalto que se inicia já no Rali da Madeira, traga nosvos ventos e novas sortes a esta equipa, essencialmente porque nós e os nossos patrocinadores o merecemos.