TAP Rali de Portugal - Press Nº 1
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TAP Rali de Portugal - Press Nº 1

Passear pela lama até à desclassificação.


14 03 2001 aA desclassificação de dez concorrentes após a segunda passagem por Oliveira do Hospital, entre os quais Vitor Calisto (Toyota Yaris 1.3), causou celeuma na 35ª edição do TAP Rallye de Portugal e tudo porque a organização não aplicou o regulamento nem adoptou critérios iguais para situações idênticas.

Na primeira etapa um concorrente ficou atascado na terceira classificativa (Fafe/Lameirinha 1) e não conseguiu passar nem os 12 concorrentes que vinham atrás. Segundo regulamento, se um piloto não conseguir chegar a tempo ao controlo horário, com uma tolerância de 15 minutos, é desclassificado. A organização, no entanto, necessitava de libertar o troço para a segunda passagem (sexta classificativa) e decidiu que o troço seria anulado para esses concorrentes que ficariam com o mesmo tempo do último piloto que tinha cumprido essa classificativa.

Por motivos de segurança, a sétima classificativa (Vieira/Cabeceiras 2) foi igualmente anulada por não estar garantida a actuação da assistência médica. Assim, como Amarante e Mondim de Basto foram cumpridas em ligação, o Yaris 1.3 de Vitor Calisto só efectuou cinco troços em classificação na primeira etapa.

Na segunda etapa, na classificativa de Oliveira do Hospital, foi a vez do Toyota Yaris 1300 de Vitor Calisto ficar atolado a meio do troço. A organização voltou a neutralizar os tempos dos últimos concorrentes, una vez que era necessário libertar o troço para a segunda passagem. Apesar do tempo excedido, a organização decidiu permitir ao piloto de Odivelas para prosseguir em prova. Na segunda passagem pela mesma classificativa, um outro concorrente ficou atascado e...no mesmo local. Os dez concorrentes que vinham atrás não conseguiram passar e ultrapassaram o tempo previsto para a chegada ao controlo horário. Quando finalmente chegaram ao controlo horário, este já tinha sido desmontado.

Os concorrentes prosseguiram em ligação e esperavam que à semelhança do que tinha sido sucedido anteriormente, os troços fossem anulados para eles, o que lhes permitiria alinharem à partida para a terceira etapa, tendo feito esse pedido por fax. Os comissários desportivos, porém, decidiram aplicar o regulamento à letra e desclassificaram esses dez pilotos.

“A nossa posição não foi aceite porque nos foi afirmado que o tempo entre controlos não podia ser alterado,” afirma Vitor Calisto. “Isto foi uma manobra da organização para desclassificar estes dez concorrentes, impedindo os duas rodas motrizes de chegarem ao fim.”