Rali Casino da Póvoa
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TERCEIRO LUGAR NA CLASSE

Começou da melhor maneira o Campeonato Nacional de Ralis de 2006 com uma superior organização do Targa Clube, que premiou o esforço cada vez maior de todas as equipas participantes no Campeonato, nomeadamente as “Super-Profissionais” como a nossa, com um passeio turístico à Neve, proporcionando raros momentos de beleza, sem dúvida a merecerem artigo no “National Geographic”.

Já é tão difícil, e cada vez mais, reunir um “budget” que nos permita participar com alguma dignidade nas provas que nos propomos, quanto mais utizarem o nosso esforço e o esforço dos nossos poucos patrocinadores para lavarem a cara de uma organização que à partida só ao mais incauto poderia dislumbrar algum êxito.

Lembramos que uma semana antes, com horários de reconhecimentos perfeitamente descabidos, e só adaptáveis a participantes que tenham muito tempo livre, não foi possível reconhecer a totalidade das especiais em disputa por se encontrarem intransitáveis...

A meio da semana o Targa Clube por meio de SMS avisa os concorrentes que as especiais que não foi possível reconhecer no fim de semana anterior poderiam ser reconhecidas entre as 10.00H e as 12.00h de 5ª feira dia 23 de Fevereiro....

E, eu pensei...que aborrecimento ter que trabalhar...porque se não fosse assim até podia dar um saltito a Vieira do Minho para reconhecer as especiais e ainda vinha almoçar a casa...ridículo !!!

E, depois levou-se para a frente uma prova sem condições, à procura deliberada de um desfecho previsível e obrigando ¾ do pelotão participante a gastar ainda mais dinheiro e a pouca paciência ainda existente, pululando alegremente, não de nenúfar em nenúfar, mas de percurso alternativo em percurso alternativo.

E, depois de percorremos apenas a quase intransitável especial de Anissó com 7,82 Km por duas vezes veio o final ansiado deste sacrifício motorizado, na inversa proporção do desejo que há 30 anos nos move.

E, de quem foi a culpa? Sim porque é bom que o nosso povo possa sacrificar culpados...

...Sinceramente não sei...

...Só sei que tudo isto poderia ter sido evitado, com maior ou menor prejuízo, com maior ou menor coragem...

...mas pela certa haveria uma forma de poder respeitar quem nunca faltou ao respeito, não fazendo dos principais intervenientes deste desporto, marionettes na mão de uma organização que muito respeitamos, mas que não esteve bem, não só na sua coragem, mas também na assumição dos riscos que apesar de externos e incontroláveis, devem ser inteiramente de quem possui a prova de abertura do Campeonato em pleno mês de Fevereiro e no pico do Inverno.

E, desportivamente, para aqueles que por melhor apetrechados ou por maior perícia fizeram a história cronometrada de meia dúzia de kilómetros, em que me pareceu que o principal desafio foi manter o carro na estrada, os meus parabéns pela coragem...

Quanto a nós, fizemos o terceiro lugar da classe 3, que bem podia ter sido o primeiro ou o último, dada a imprevisibilidade dos terrenos (poucos) que pisámos.