Rali do Nordeste Transmontano
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Rali do Nordeste Transmontano

Victor Calisto garantiu pódio da classe

Aos comandos do habitual Citroen Xsara do Agrupamento de Produção, a dupla Victor Calisto / António Cirne garantiram mais um pódio na Classe N3, terminando no sexto posto do agrupamento.

Após um tremendo esforço de recuperação do carro francês, após o acidente em Espanha, o resultado acabou por ser melhor que a exibição.

Victor Calisto, pela certa ainda marcado pela saída de estrada nas Astúrias, nunca esteve ao seu nível, mostrando-se sem confiança e receoso perante os pisos molhados e a muita lama das especiais matinais.

À medida que a prova foi decorrendo a confiança foi melhorando, o que permitiu à veterana dupla garantir alguns cronos interessantes, como os quarenta e nove segundos tirados na segunda passagem pelos vinte e um quilómetros, da especial mais longa da prova.

No final, a equipa ainda pode lutar pelo último lugar no pódio da classe, que conquistou, e no agrupamento de Produção o sexto lugar obtido levou a que a equipa ascendesse igualmente ao sexto posto lugar do campeonato, subindo seis lugares nesta classificação.

Quanto à prova, Victor Calisto mostrou desagrado, não só pela deslocalização da prova mas também pelas especiais que a compunham: “Três anos de Rali de Portugal, feito à pressa em Macedo de Cavaleiros, já me tinha parecido punição suficiente, e foi com alguma alegria que vi as hostes organizativas desse evento mudarem-se, este ano, de armas e bagagens para o Algarve.
Mas a penitência ainda não terminara... porque desta vez o renovado Estrela e Vigorosa Sport, abdicou da zona onde se disputava um dos mais bonitos ralis de asfalto do Campeonato Nacional e assentou praça novamente no planalto de Macedo de Cavaleiros.

Não está em causa, como é evidente, a terra e as suas gentes...

Não está em causa a beleza paisagística, que também é inigualável nesta região, assim como a boa mesa sem paralelo...

Está em causa a má escolha, possivelmente sem alternativa, das super rápidas especiais que deram corpo a esta prova, assim como também a realização de uma super-especial em Bragança ao fim do dia de sexta–feira com as equipas a terem de montar todo o circo para essa especial de pouco mais de dois quilómetros, para voltar a desmontá-lo e novamente o inverso em Macedo de Cavaleiros, afinal o centro nevrálgico da prova.

Se a ideia da super-especial em Bragança, como ideia pudesse ser razoável, veio a demonstrar ser um redundante fracasso pela ausência de público e a total indiferença da capital Transmontana a este evento realizado mesmo nas suas entranhas”.