Sata Rali Açores
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Sata Rali Açores

A Calisto Corse Equipe e o Team Radical Seguros marcaram presença na primeira das duas provas insulares do Campeonato Nacional de Ralis e a última em pisos de terra, o Sata Rali Açores 2003.


A vontade quase obsessiva, mas legítima, do Grupo Desportivo Comercial, em organizar uma prova candidata ao coeficiente máximo do Campeonato Europeu de Ralis, levou a que uma vez mais fosse realizada uma prova, que apesar da excelência da sua organização, estivesse desenquadrada da realidade desportiva nacional.

Dispendendo-se fundos para contratar algumas (duvidosas) cabeças de cartaz, que em pouco ou nada deram a visibilidade pretendida da prova, em desprimor de algumas ajudas que poderiam ser cedidas aos pilotos que mais desprotegidos em meios disputam a totalidade do Campeonato Nacional, e não esperam pelas provas insulares para passar, de uma forma subsidiada, uma semana de férias.

Ainda uma palavra de reparo para a extensão da prova, quase 1000 Km, com cerca de 300 Km de especiais de classificação realizadas como sempre nas mesmas estradas, (não há também muito por onde escolher), que há 18 anos, quando pela primeira vez participamos na Volta à Ilha de S. Miguel, e que cada vez se encontram mais deterioradas, apesar de todo o esforço (inglório) para as tornar praticáveis.

A dureza da prova ficou atestada pela percentagem de desistências (mais de 50%) verificada no final.

A Calisto Corse Equipe e o seu Yaris 1.3 do Grupo A, como sempre entregue à dupla veterana Victor Calisto / António Cirne, fizeram uma prova à sua medida (talvez a melhor em pisos de terra deste ano), andando sempre muito rápidos, tentando contrariar o melhor conhecimento do terreno e a superior experiência dos seus adversários insulares.

Iniciando a prova em 4º lugar da sua classe, rapidamente o andamento imposto, levou a que Victor Calisto / António Cirne pudessem estar comodamente instalados no 2º lugar no final do primeiro dia, e prontos para tentar atacar a liderança do outro Toyota Yaris açoreano inscrito na prova.

Sem problemas de maior, foi com alguma surpresa, que, com o final do Rali à vista e já nas derradeiras especiais do 3º e último dia de prova, e mantendo o 2º lugar da classe, o tubo de água que liga o radiador à cabeça de motor nos deixou parados no meio de uma das mais duras e extensas especiais do rali – Tronqueira.

O tempo perdido para recolocar o tubo, e repor o nível de água para podermos continuar em prova, levou a que o máximo de 15 minutos por atraso permitidos entre cada especial fosse excedido. E que o consequente abandono fosse uma realidade.

De posse de um carro sem qualquer problema, (após a resolução do incidente descrito), a tristeza instalou-se na equipa, que muito trabalhou para poder trazer dos Açores um resultado positivo para os seus patrocinadores.

A certeza, porém, que a mesma vontade de fazer o melhor que soubermos, no próximo Rali Vinho Madeira, a primeira prova em asfalto do Campeonato Nacional de Ralis e a contar para o Campeonato Europeu coeficiente 20.

Victor Calisto